O que acontece quando temos uma pseudo Agatha Chrstie com um pseudo Sherlock?
A resposta é "Um corpo na banheira" de Dorotthy L. Sayers, um livro pensado pra quem, assim como eu, é fã de Sherlock Holmes e Agatha Christie.Neste livro, o corpo de um homem desconhecido é encontrado na banheira de um apartamento, com um pincenê e nada mais. E óbviamente, caberia a Scotland Yard resolver esse mistério, mas já aprendemos com Sherlock que a polícia é ineficiente em resolver mistérios, especialmente quando pode envolver uma assassinato, em qualquer lugar do mundo, e em qualquer época.
Por isso, enquanto que em Sherlock Holmes, temos um sociopata altamente funcional lidando com os casos que a Scotland Yard não consegue resolver, neste livro teremos um lorde entediado resolvendo os casos. Mas o tratamento com a Scotland Yard continua mais ou menos o mesmo... o total desprezo pela instituição.
Por isso, enquanto que em Sherlock Holmes, temos um sociopata altamente funcional lidando com os casos que a Scotland Yard não consegue resolver, neste livro teremos um lorde entediado resolvendo os casos. Mas o tratamento com a Scotland Yard continua mais ou menos o mesmo... o total desprezo pela instituição.
E o livro é exatamente isso: uma versão de Sherlock, escrita por uma autora que parece ter se espelhado em Agatha.
E a cópia é tçao gritante que até um Watson tem, mas ao invés de um veterano de guerra, teremos o fiel criado do lord que tem habilidades que podem complementar a investigação (da mesma forma que Watson tem as habilidades médicas).
E a cópia é tçao gritante que até um Watson tem, mas ao invés de um veterano de guerra, teremos o fiel criado do lord que tem habilidades que podem complementar a investigação (da mesma forma que Watson tem as habilidades médicas).
Eu entendo que trata-se de uma referência, até mesmo uma certa homenagem a Agatha e sir Arthur Conan Doyle (na verdade acho até que mais a sir Arthur do que Agatha), mas é um plágio bem descarado.
Pelo menos quando fizeram a fanfic de Crepúsculo, resultando em "Cinquenta Tons de Cinza", a autora mudou algumas coisas... um é uma fantasia com vampiros e a outra um romance sadomasoquista.
Aqui a ambientação e a condução do enredo é uma cópia dos livros de Sherlock.
Aqui a ambientação e a condução do enredo é uma cópia dos livros de Sherlock.
Mas o enredo em si, nçao é ruim. De fato, você fica quebrando a cabeça para resolver o mistério junto com o personagem principal. Afinal, é realmente dificil imaginar como um corpo iria aparecer no banheiro de uma casa vitoriana, completamente nú, na banheira, sendo que ele não entrou pela porta da frente, não é conhecido de ninguém da moradia, e a única coisa que tem no banheiro é uma janela de ventilação, que fica no terceiro andar do prédio, e não tem marcas de pegada ou mãos no telhado do prédio, que indicariam que o morto em questão se pendurou para entrar no banheiro e depois se matar.
Então, sim, esse livro vai deixar o leitor intrigado até o último minuto sobre como o assassinato foi executado. Porém, a forma como é revelado isso... deixa muito a desejar. Foi simplista para um enredo que ia muito bem.
Porque nos livros de Agatha, nós contamos sempre com Poirot para revelar o mistério, e explicar em detalhes o que perdemos, no final do livro. Mas Poirot é o detetive, logo, faz parte do trabalho dele.
Então, sim, esse livro vai deixar o leitor intrigado até o último minuto sobre como o assassinato foi executado. Porém, a forma como é revelado isso... deixa muito a desejar. Foi simplista para um enredo que ia muito bem.
Porque nos livros de Agatha, nós contamos sempre com Poirot para revelar o mistério, e explicar em detalhes o que perdemos, no final do livro. Mas Poirot é o detetive, logo, faz parte do trabalho dele.
Neste caso, a revelação do "modus operandis" é feito pelo próprio assassino, meio no estilo Moriarty que sempre gostava de se vangloriar para Sherlock. Porém, ao invés de algo grandioso, do confronto final entre caça e caçador, temos uma mera carta de confissão contando os pormenores do assassinato. E ponto.
A execução do feito, inclusive é um tanto... malabaristica.
A mim, que já li diversos livros do gênero, me pareceu extremamente improvável que alguém conseguisse executar de fato a ocultação do cadáver como a autora descreveu, mas enfim... me parece que ela arrumou um problema e não sabia como finalizar, então, recorreu ao malabarismo literário (e do personagem) para fechar as lacunas.
A mim, que já li diversos livros do gênero, me pareceu extremamente improvável que alguém conseguisse executar de fato a ocultação do cadáver como a autora descreveu, mas enfim... me parece que ela arrumou um problema e não sabia como finalizar, então, recorreu ao malabarismo literário (e do personagem) para fechar as lacunas.
Foi um bom livro? Foi ok.
Vai pro meu hall de autoras de livros de suspense e policiais? Não.
Recomendo pra quem gosta de Agatha e Sherlock? Só se você não for se frustrar com essas inúmeras similaridades, porque convenhamos... pra ler algo tão parecido com o original, é melhor ler o original, né?
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