Pensando o Impensável por Gil Giardelli

 


Se você é fã de Black Mirror e dos livros do Kai-Fu Lee, este livro é super indicado pra você. 

Os sábios dizem que, quando escutamos algum barulho ensurdecedor de coisas grandes caindo, é sinal de que o velho mundo e seus antigos paradigmas estão desabando. Em uma sociedade ruidosa como a nossa, é mais que evidente que isso está acontecendo.

Gil Giardeli é um roboticista, futurista e integrante de diversos grupos de "Estudos do Futuro". Se você não faz ideia do que é isso, basicamente é um grupo só de gente sinistra que tem como missão pensar, estudar a planejar como será o futuro da humanidade, como as tecnologias irão impactar a humanidade, as questões éticas, econômicas e sociológicas que isso envolve e definir o rumo de várias nações, independente de qual governo ganhe as eleições daquele país. 

Governos como China, Coreia, Estados Unidos e diversos países do bloco europeu, já possuem esse grupo há anos, e estão colhendo os frutos agora. Advinha qual grande player do mundo ainda não tem isso? 

Acertou, o Brasil. Já começamos bem, né? #SQN

Neste livro você vai perceber que Inteligência Artificial é só a ponta do iceberg. Temos hoteis no espaço que estão sendo construídos, diversas tecnologias de carnes artificiais, para substituir a alimentação animal; diversas pesquisas já em fase de testes finais, prontas para começar os testes em humanos, para solucionar o câncer e doenças crônicas como Parkison, um avanço tecnológico absurdo em relação a blockchain, que vai abalar as estruturas do mercado financeiro, heranças, validação de identidade, e todo o sistema capitalista, além de diversas tecnologias para salvar o nosso planeta, as abelhas e os oceanos. 

Mas, no Brasil essas notícias não chegam porque é interessante para algumas pessoas que o povo continue achando que o mundo hoje é pior do que no tempo dos nossos pais e avós, mesmo tendo menos pessoas estatisticamente passando fome e morrendo por doenças. 

A sensação de que antes as coisas funcionavam e que as respostas que tínhamos no passado resolviam as perguntas que se apresentavam se dá não porque as soluções de antes eram melhores, mas sim porque os problemas não eram tão complexos.

No Brasil, a única discussão que se tem é como as tecnologias irão deixar milhares de pessoas desempregadas, e como isso será o caos. Mas para cada emprego que a tecnologia acaba, 2 novos são criados. O problema é que as pessoas não estão sendo capacitadas para ocupar essas duas vagas, porque no Brasil ainda estamos discutindo tópicos do século passado. 

Um consultor do Federal Reserve diz que, para cada vaga de emprego fechada pela ruptura digital, em média são abertos quase 2,6 novos postos. A escola europeia diz que, quando uma economia se torna inovadora, ela aumenta em seis vezes.

Infelizmente, essas duas vagas serão ocupadas por alguém em um país que tem Estudos de Futuro, e cujo o sistema educacional já está preparando essas pessoas para entenderem de blockchain, machine learn, mathematical thinked, entre outras coisas que serão cada vez mais comuns no nosso dia a dia.  

Os bens tangíveis, como máquinas, equipamentos, sementes e construções, começam a perder espaço para coisas intangíveis, como inteligência artificial, inovação radical e não incremental, design biológico, automação, digitalização de processos produtivos, desenvolvimento científico, patentes, ecossistemas e interface de inovação entre empresas, entre outras. Isso muda todo o ecossistema da produção de riqueza e a valorização de produção e consumo, mexendo profundamente com a economia e com o trabalho.

E no mundo dos negócios não seria diferente, com as empresas precisando se adaptar ao que ele chamda de era "Human to Human", pois com a aplicação das IA's em todos os lugares, os produtos passarão a ser mais personalizados, individuais e a comunicação precisará ser mais humanizada do que nunca, afinal, ninguém se conecta mais com os tradicionais anúncios nas redes sociais, dando início a sociedade 5.0.  

O Japão discute a sociedade 5.0 ou sociedade da imaginação, que coloca a criatividade no centro dos processos. Ela é composta pelo Human to Human, o H2H, centralizada no ser humano e em seus três S, science, society, spirituality, ou ciência, sociedade e espiritualidade, que utiliza as fronteiras das tecnologias cibernéticas para melhorar saúde, mobilidade, educação, produtividade, desafios sociais, dados abertos, segurança digital e governança mundial de dados.

Ao final desta leitura, fica claro que estamos presenciando uma disrupção em todos os setores sem precedentes, que vamos ter um chacoalhão no capitalismo muito em breve, e que nós não estamos nem perto de estarmos preparados para isso, mas é algo que inevitável. 

Quem puder, se jogue nos estudos do futuro. E este livro é ótimo para você que está começando a querer entender este jogo. 


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Natalia Eiras

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