Um toque de escuridão + Um toque de ruína

 



Quando eu vejo um livro que na resenha tem o nome Hades e Perséphone eu nem continuo lendo a sinopse, eu já pego. Porque eu sou viciada no mito desses dois. 

Comecei a ler "Um toque de escuridão" e trata-se de uma versão do mito grego em tempos modernos, logo, o Hades é o rei do submundo, mas o submundo dele é ser dono de uma boate que rola de tudo um pouco. E onde mortais vão até ele jogar no cassino, e as apostas são de vida ou morte. Literalmente. 

Promissor, não é? 

Pérsephone, de acordo com o mito original, era super protegida pela mãe Deméter. E nessa versão ela é super protegida, mas está indo pra faculdade de jornalismo, e tentando viver como uma mortal ficando longe dos radares da mídia, afinal, nesta versão os deuses são celebridades. 

E aí, é óbvio que ela vai parar na boate do Hades. 

É óbvio que ele se apaixona à primeira vista. 

E é óbvio que ele vai mover o Olimpo e o Tártaro para ter Perséphone ao seu lado. 

E é óbvio que Deméter vai ficar puta com isso. 

Tudo isso é condizente com o mito grego original. 

O que não é condizente é que os deuses tem chifres nessa versão. 

Chifres? Por que? 

Porque a autora quis ser diferentona. Não tem motivo nenhum. 

Eu até concordo que os animais são serem divinos, mas fica um pouco difícil (pelo menos pra mim) criar vículo com personagens que se parecem com animais, ainda mais quando tem cenas hots neste livro.  

Perséphone é uma adolescente que está vivendo a própria vida, livre das garras da mãe, pela primeira vez. E como toda adolescente, ela vi fazer merda atrás de merda. E isso me irritou bastante, principalmente em "Um toque de ruína", onde ela arrisca tudo para não aceitar a mudança na vida dela. 

Ela não quer aceitar que é o destino dela ser rainha. que é o destino dela governar o submundo porque ela quer continuar no conto de fadas que ela criou pra si de ser uma mera humana, que uma amiga dela irá morrer... questionamentos que não fazem o menor sentido pra um ser imortal, que sabe muito bem como funciona o mundo mortal (as pessoas morrem!!!) e que esta desafiando a mãe pra ficar com Hades (mas não quer ser a rainha dele??? Só o segredinho sujo??) 

Então eu perdi a minha paciência real e oficial com a Perséphone em "Um toque de ruína". 

E eu achava que terminava neste livro, mas nãooooooooo. Ainda teremos "Um toque de malícia" que foi lançado nos EUA, mas ainda não tem uma versão lançada no Brasil. 

Vou ler? Não sei. Tô com um pouco de ranço, mas parece que agora vem uma guerra. Então... talvez. 


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Natalia Eiras

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